Na sociedade contemporânea, no contexto das políticas educativas, nacionais e internacionais e na necessária (re-) configuração do ‘gesto educativo’, é importante fundamentar e desenhar práticas educativas inovadoras na sala de aula e, também, ao nível da formação de professores e formadores. Aliás a aprendizagem ao longo da vida, por um lado, e, por outro, a formação contínua dos professores vêm representando espaços e tempos de reflexão e de reconfiguração de cenários e ‘coreografias’ de aprendizagem com impacto nas práticas pedagógicas e na construção do conhecimento com vista a uma participação ativa e a uma ajustada cidadania digital crítica.
Reconhece-se que a abordagem reflexiva e crítica na formação de professores promove o desenvolvimento da legitimação e da integração das teorias e práticas como fonte de conhecimento credível para o desenvolvimento profissional. A relevância da abordagem reflexiva deve situar-se em quatro níveis: a) conhecimentos da matéria a lecionar, do domínio científico próprio da área disciplinar em causa; b) conhecimentos de pedagogia e de estratégias de didatização das matérias ou tópicos a trabalhar com os alunos (Shulman, 1986; 1987), c) conhecimento tecnológico do conteúdo, isto é, conhecimentos sobre os diversos recursos existentes capazes de ajudar para ensinar uma matéria, d) e a intereseção de todos estes conhecimentos que configuram - O TPACK (Technological Pedagogical Content Knowledge, Mishra & Koehler 2006), relativo à integração fundamentada e ajustada das tecnologias nessa na didatização de um tema, tópico ou matéria
Neste contexto, e ainda com o recurso à teoria da flexibilidade cognitiva de R. Spiro, fundamentam-se e apresentam-se percursos de formação de formadores e professores desenhados com base nestes enquadramentos teóricos e que, ao mesmo tempo, promovem a utilização pedagógica dos recursos web 2.0